Quando chega a altura de gastar um ou dois ordenados mínimos, esgotar o limite do cartão de crédito ou pedir um empréstimo para comprar um capacete integral ponderamos tudo…
- Segurança
- Proteção
- Conforto
- Insonorização
- Qualidade dos materiais
- Peso
- Estética
- Design
- Cores
- Etc. Etc.
Mas raramente ou mesmo nunca pensamos na sua história.
Pois bem. A história do capacete integral, um conceito até aí inexistente, começa com o Bell Star em 1968. A empresa americana Bell Helmets Co. fundada em 1956, já produzia capacetes Jet de qualidade, o Bell 500.
Em 1962, a Bell inicia os primeiros estudos para a produção dum capacete integral, o que viria a acontecer em 1968 com o Bell Star. Fabricado em fibra de vidro e com viseira fixa, é colocado no mercado com um preço de cerca de 50 dólares.
Dan Gurney, piloto americano de F1 e Indy car, foi o primeiro a utilizar o novo e inovador capacete. Os problemas de embaciamento e de circulação de ar, obrigam de imediato a Bell a produzir um capacete com viseira móvel. Este novo Bell Star é colocado à venda em 1970.
O interesse por parte dos pilotos é crescente, mais nos automóveis do que nas motos, onde reinava um ambiente de maior conservadorismo.
Pela Europa, os Bell Star vão aos poucos substituindo os tradicionais Jet e Bol, apesar de alguma resistência. Veja-se o caso da Federação Sueca de Motociclismo que proibiu a utilização de capacetes integrais em competição, ou de outros que diziam que um piloto de motos utilizando um capacete integral jamais conseguiria vencer em 500 cm3.
O mito é desfeito em 1971 quando o piloto de motos britânico Barry Sheene, utilizando um Bell Star, vence o G.P. da Checoslováquia. O próprio Giacomo Agostini passa a utilizar o capacete integral Bell Star, mas acha-o demasiado pesado e deixa-se convencer pela marca italiana AGV a utilizar um capacete integral concebido em exclusivo para si.
O célebre e famoso AGV Ago.
Disponível inicialmente em branco e mais tarde em preto, cinzento e laranja, o Bell Star era de facto muito pesado e exercia uma forte pressão na base do pescoço, a viseira não se mantinha aberta e riscava-se com facilidade, mas um Bell Star era um ‘must have’ principalmente com viseira fumada, que transmitia a forte imagem de um verdadeiro piloto de motos.
Ride safe e por favor protejam bem as vossas cabeças.
By von